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Estudante do IFCE desenvolve aplicativo para identificar casos de dengue e chikungunya

Publicado: Sexta, 29 de Setembro de 2017, 10h26 | Última atualização em Quarta, 11 de Outubro de 2017, 10h28 | Acessos: 624


Arte: ACS/MECO estudante Oton Braga, 23 anos, do Instituto Federal do Ceará (IFCE), tem desenvolvido em seu projeto de conclusão do curso de ciências da computação um aplicativo que busca auxiliar profissionais da saúde na identificação rápida de casos de dengue e chikungunya. A plataforma reúne casos já registrados de ambas as doenças, na intenção de identificar probabilidades de um novo paciente ter contraído uma ou outra enfermidade, a partir do comparativo de sintomas.

O protótipo do aplicativo, em fase de testes, utiliza uma base de informações levantada no Recife, uma das cidades que registrou maior número de casos da doença entre os anos de 2015 e 2016. “A primeira etapa foi levantar casos que já aconteceram, para ter uma base de dados e fazer o treinamento do algoritmo de aprendizado. Fiz a seleção desses casos e, com esse modelo gerado, pude construir uma aplicação que consegue, a partir de sintomas, predizer a probabilidade de uma pessoa estar com uma doença ou outra”, explicou Oton.

O jovem é aluno do campus Aracati do IFCE. O projeto vem sendo desenvolvido no laboratório de redes de computadores da instituição, sob a coordenação do professor Mauro Oliveira. Para o orientador, o aplicativo, que deve ser destinado aos médicos, é de grande potencial e tem atraído outros pesquisadores interessados no tema. “Do ponto de vista acadêmico, estamos muito satisfeitos; é um trabalho científico extraordinário. Nós temos, inclusive, doutorandos envolvidos. Então, está sendo feito a muitas mãos, dentro do contexto de um projeto grande”, afirmou.

Antes de lançar o projeto para o público, Mauro esclarece que é preciso mais tempo para que o aplicativo seja aprimorado e avaliado pelos profissionais da área da saúde. E Oton reforça que o aplicativo não vai substituir a consulta médica, mas, sim, auxiliar o profissional na tomada de decisões na hora de definir o diagnóstico. “Nós sabemos que há casos de incertezas. A proposta é justamente apoiar a decisão do médico”.

Para o professor Mauro, o projeto tem ainda o valor de mostrar como a tecnologia e as soluções científicas podem auxiliar no cotidiano, melhorando a vida das pessoas. “O Ceará foi atingido fortemente [pelas doenças transmitidas pelo mosquito] e isso assusta. Então, é natural tentar responder para a sociedade, usando essas ferramentas de inteligência artificial e aprendizado de máquinas, para, aqui do interior do Ceará, ajudar em especial as pessoas mais carentes”, acrescentou.

O projeto de pesquisa tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), de Portugal.

Assessoria de Comunicação Social 

 
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