Equipes de institutos federais buscam vaga para a seletiva nacional da competição WorldSkills
Conquistar um lugar para representar os institutos federais de educação, ciência e tecnologia na seletiva nacional para a WorldSkills Competition, edição de 2017, é a meta das equipes dos institutos federais da Paraíba (IFPB), do Rio de Janeiro (IFRJ), do Rio Grande do Norte (IFRN), de Rondônia (IFRO) e de Tocantins (IFTO). Essas instituições participam do Desafio de Tecnologia e Inovação dos Institutos Federais, na modalidade de robótica, em Porto Velho, Rondônia. O evento chega ao terceiro e último dia de atividades nesta quarta-feira, 1º de junho.
As equipes são formadas por dois alunos de cursos técnicos e pelo menos um professor orientador. Para alcançar a vaga na seletiva, as equipes devem obter índices satisfatórios nas provas da modalidade nos três dias de competição.
Estudantes do IFRO, Gregory Anziliego (curso integrado ao ensino médio de eletrotécnica) e Igor Ramos (informática) participam pela primeira vez de uma competição de robótica com o Robotino — robô didático projetado para o aprendizado prático em ambientes industriais automatizados a partir de uma tecnologia de movimento omnidirecional e com um corpo em forma de disco, com sensores no perímetro. Todos os comandos do Robotino são elaborados e programados pelos usuários.
Mesmo novatos, os estudantes estão confiantes na seleção da equipe. “É tudo novidade. Mas, temos nos dedicado de forma intensiva nos últimos dias e estamos nos saindo bem nas provas”, diz Gregory. “Conseguindo a vaga, vamos ter um planejamento de treinamento para a nacional.”
No total, três provas foram colocadas para a disputa. No primeiro dia, o desafio era programar o Robotino para fazer um percurso demarcado com faixas. No segundo, ele deveria se locomover por um labirinto até a saída. Nesta quarta-feira, a tarefa exige ainda mais das equipes: o Robotino tem de reconhecer peças de tamanhos e cores diferentes.
“As provas vão aumentando o nível de dificuldade a cada dia. De forma geral, dois fatores são aferidos: a execução do desafio da pista e o tempo em que é realizada a tarefa. Ou seja, dosar bem a precisão dos movimentos e a velocidade é fundamental para um bom desempenho”, diz Éder Sacconi, assessor técnico da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação.
Para Paulo Villiger, representante da indústria que fabrica e revende o Robotino no Brasil e avaliador arbitral, é notória a evolução das equipes dos institutos federais. “Desde 2014, tenho acompanhado as equipes dos institutos em competições de robótica. Nesta, em especial, podemos observar que as equipes trabalharam muito bem e evoluíram dia a dia na execução das provas”, destaca.
Seletiva — As equipes bem avaliadas no Desafio de Tecnologia e Inovação dos Institutos Federais estarão credenciadas a participar da seletiva nacional para a WorldSkills, em agosto, em Vila Velha, Espírito Santo. Lá, elas vão se juntar a outras sete, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em busca de vaga para representar o Brasil na maior competição de educação tecnológica do Mundo. Em 2017, a WorldSkills Competition será realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
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