Estande do MEC na SBPC ensina a produzir cerveja artesanal
Malte, fermento, lúpulo e água. Os ingredientes são poucos, mas sua transformação em cerveja é um processo que requer conhecimentos sobre física, química e muita paciência. Quem relata é Ramon Garbin, professor do Instituto Federal de Brasília (IFB), que ministrou na tarde da quinta-feira, 7, o minicurso Como produzir cerveja, dentro da programação do estande do Ministério da Educação na 68ª reunião anual da SBPC, em Porto Seguro (BA).
Professor da área de gastronomia, Ramon tem realizado vários estudos para desenvolver diferentes variações da bebida, como as cervejas feitas com frutos naturais do cerrado, a exemplo da seriguela, umbu e buriti. O minicurso é um recorte do projeto de extensão desenvolvido pelos professores Adriano Tavares e Tatiana Rotolo, além de Ramon, todos do Campus Riacho Fundo do IFB.
Além de promover a degustação da cerveja produzida pelos alunos e professores do IFB, a oficina demonstrou as principais características entre a cerveja industrializada e a produzida de forma artesanal. Alguns participantes ficaram surpresos ao saber que muitas cervejas possuem até 45% de milho ou arroz em sua composição. “A legislação brasileira permite esse percentual. Esses ingredientes estão lá e são identificados como ‘cereais não maltados’ no rótulo das cervejas. É muito mais barato usar o milho e o arroz do que o malte puro, que é feito da cevada”, explica o docente.
A equipe de professores do IFB agora se prepara para produzir uma cerveja que concentre aromas e sabores de árvores nativas do cerrado. Os testes devem ser iniciados com a madeira da sucupira.
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