Olimpíada do Conhecimento desafia alunos a aumentar a produtividade de leite no Brasil
Cinco equipes - duas do Distrito Federal, duas de Minas Gerais e uma do Espírito Santo - apresentarão soluções para aumentar a produtividade de leite no Brasil, que é de seis litros por vaca ao dia, muito menos que os 28 litros obtidos nos Estados Unidos. Cada uma dessas equipes é formada por seis estudantes dos cursos técnicos em Agrimensura, Pecuária, Irrigação e Inseminação Artificial, oferecidos pelos Institutos Federais de Educação, a rede de ensino profissional do governo.
Os projetos dos cinco times serão desenvolvidos e apresentados durante a Olimpíada do Conhecimento 2016. Realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), o evento é a maior competição de educação profissional das Américas, que será realizada de 10 a 13 de novembro em Brasília.
"Os desafios por equipe propostos pela Olimpíada do Conhecimento estimulam a integração dos profissionais envolvidos com a criação e o manejo do gado leiteiro. Isso é importante para melhorar a produtividade dos rebanhos", afirma Eder Sacconi, delegado técnico do Ministério da Educação para a competição.
AGRIMENSURA E IRRIGAÇÃO - Sacconi explica que as equipes terão de 16 a 20 horas para montar um pastejo rotativo, sistema em que a área do pasto é dividida em partes, que são utilizadas em sequência para garantir que o gado tenha capim com elevada qualidade nutricional.
O pastejo deve combinar o conforto dos animais com o desenvolvimento adequado das pastagens. Isso requer dos competidores conhecimentos de agrimensura, irrigação e de técnicas agrícolas. Além disso, os estudantes terão de apresentar procedimentos inovadores de inseminação artificial ou de identificação do período de cio das vacas leiteiras.
Os projetos serão avaliados por especialistas e professores dos Institutos Federais de Educação e da Embrapa. Serão considerados nas avaliações dois critérios básicos: a montagem do pastejo e a inovação em inseminação artificial. A montagem adequada do pasto permite a criação de gado leiteiro em lotes menores. Quanto mais eficiente for o sistema de rotação do pasto, maior é a produtividade.
O processo de inseminação artificial das vacas, especialmente a identificação do período do cio, também é importante para elevar a produção leiteira. Atualmente, no Brasil, apenas 10% do rebanho passa por inseminação artificial. Nos Estados Unidos, o procedimento é usado em cerca de 50% do rebanho. "O custo elevado e a falta de conhecimento sobre o processo impedem a expansão da inseminação artificial no Brasil", ressalta Sacconi. O procedimento é importante para o melhoramento genético dos rebanhos, o que eleva a produtividade que, por sua vez, depende de qualificação e atuação integrada dos profissionais que atuam no campo.
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Por Verene Wolke
Foto: Arquivo/CNI
Da Agência CNI de Notícias
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