Encontro em Brasília discute ampliação do ensino técnico
Representantes do Ministério da Educação e das secretarias estaduais de educação estão reunidos em Brasília para discutir as diretrizes do MedioTec, programa federal lançado no final do passado como o mais novo instrumento de ampliação do ensino técnico no país. O encontro foi aberto nesta terça-feira, 7, pelo ministro Mendonça Filho, que destacou a importância das parcerias para que a iniciativa comece a ser implementada o quanto antes.
“Chegou a hora de colocar em prática medidas que possam tirar o Brasil de um quadro de desvantagens em relação ao resto do mundo”, alertou o ministro. “Nosso sistema educacional, a despeito de sermos a oitava economia do planeta, não é compatível com o nosso estágio de desenvolvimento.”
Mendonça Filho lembrou que o atual governo tem dados passos imprescindíveis rumo às mudanças necessárias no setor. Entre eles, as articulações que vêm sendo realizadas junto à sociedade civil e a parlamentares para que a reforma do ensino médio seja finalmente aprovada – depois de 20 anos de discussão e 5 anos de tramitação no Congresso Nacional.
A secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, também presente na abertura do encontro, explicou que dentro da proposta de reforma do ensino médio o MedioTec inova ao prever o atendimento ao aluno da escola estadual, “porque em geral toda proposta de ensino técnico concomitante supõe procedimentos mais seletivos, que nem sempre conseguem atingir esses alunos”.
Para Maria Helena, é também uma maneira de avançar no novo currículo do ensino médio. Com o MediocTec em andamento, é possível articular parcerias entre as escolas. Atualmente, apenas 120 mil jovens integram o ensino médio integrado – uma parcela muito pequena de um universo de 7,8 milhões estudantes no país.
A secretária de Educação Profissional e Tecnológica, Eline Nascimento, que preside as discussões da reunião em Brasília, informou que em um primeiro momento serão ouvidas as secretarias estaduais no papel de demandantes do ensino técnico. Depois, em data a ser marcada, o debate será com os ofertantes.
“Há secretarias hoje aqui que são as duas coisas, mas vamos começar a trabalhar com a demanda. É importante, inclusive, fechar a relação dos cursos”, disse a secretária. Segundo ela, pelo MedioTec o mercado de trabalho é que vai servir de parâmetro para essa definição. “Antes a oferta de vaga era estimulada pelas ofertantes. Por este programa, as possibilidades de inserção dos jovens serão mais rápidas e bem maiores.”
A intenção é garantir o máximo de oferta possível. Por enquanto a estimativa está em torno de 82 mil vagas. O MEC vem articulando com todas as redes ofertantes, como instituições privadas, institutos federais e o Sistema S (Sesc, Sesi e Senai), que farão parte dessa integração e fornecerão oportunidades para localidades com carência escolar, preferencialmente.
Algumas regiões brasileiras já estão recebendo parte dos R$ 700 milhões contingenciados inicialmente para o programa. “Agora a gente trabalha com esse enfoque: juntar todas as redes e tentar aproximar o estudante da escola técnica mais próxima na sua região”.
O MedioTec surge como um braço do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visa a acelerar o processo de mudanças previsto na reforma do ensino médio e vai ser em um esquema concomitante de aulas em tempo integral com a educação técnica. Os nomes dos cursos que serão oferecidos e os períodos de inscrição deverão ser definidos dos próximos encontros promovidos pelo MEC, para funcionar ainda este ano.
Assessoria de Comunicação Social do MEC
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