Estudantes brasileiros participam de feira internacional nos Estados Unidos
A excelência da educação brasileira ganha destaque na Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF 2017), considerada a maior feira de empreendimento de pré-universitários de ciências e engenharia dos Estados Unidos. Representantes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT) participam com cinco projetos. Em sua 68ª edição, o evento foi aberto no domingo, 14, em Los Angeles (Califórnia), estendendo-se até a próxima sexta, 19.
Selecionados entre os finalistas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace/2016), estudantes da EPCT tiveram como prêmio as despesas de viagem e hospedagem pagas pela Intel Internacional, com apoio do MEC, que patrocinou a ida dos professores orientadores por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Durante a feira, eles participarão de palestras e outras atividades com renomados cientistas, alguns deles ganhadores de Prêmios Nobel.
O diretor de desenvolvimento da Rede Federal, Romero Portella Raposo Filho, pontua a seleção da equipe brasileira como parte do programa de internacionalização da Setec. “A Intel ISEF é uma das feiras de referência de ciência, tecnologia, empreendedorismo e inovação”, destaca. “Nossa rede, com cinco projetos, mostra que todo o nosso esforço para uma educação pública e de qualidade vem dando resultados e isso muito nos alegra. Então, é com muito prazer que a Setec apoia esta medida. Esperamos que ocorra tudo bem e que sejamos campeões mais uma vez.”
Projetos – Entre os trabalhos selecionados está o projeto Juststep – Piso tátil integrado a comando de voz, do Instituto Federal da Bahia (IFBA), campus Salvador. “O objetivo do projeto é dar autonomia a cegos”, resume o orientador Justino de Araújo Medeiros, que integra a equipe responsável pelo trabalho ao lado da co-orientadora Andrea Cassia Peixoto Bittencourt e a da estudante Lorenna Santos Villas Boas. “É um piso tátil que será colocado na entrada e proximidade de lugares públicos. Quando você caminha através dele, chega em um piso especial com comando de voz. Ele tem um circuito eletrônico que indica sonoramente, via wi-fi, por exemplo, que a biblioteca está à esquerda ou a sala de aula à direita. A partir disso, é possível montar todo o percurso. Então você usa a tecnologia para o social, dando independência e autonomia para os cegos poderem fazer o que eles precisam sem necessidade de guias.”
Segundo Justino, o grupo, que se dedica à pesquisa da tecnologia assistiva há algum tempo, já desenvolveu outros três produtos do segmento. “A expectativa sobre a participação no Intel International é a melhor possível, pois o nosso trabalho teve seis prêmios na Febrace”, ressalta. “Mas, independentemente do resultado obtido, [vale] o reconhecimento e a possibilidade de estar em uma feira deste porte, com inúmeros países e culturas. Só temos a agradecer à Setec pelo empenho para que a gente pudesse estar aqui esta semana.”
Além do IFBA, participam da feira norte-americana o Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS), campus Aquidauana, com o projeto Interface Cérebro – computador de loop fechado hospedado em sistema de computação distribuída para comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma; o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) campus Osório, com Transformação dos resíduos agroindustriais do maracujá em filmes plásticos biodegradáveis; o Cefet-MG, campus III Leopoldina, com Simulação da dispersão do Aedes aegypti usando autômatos celulares; e, por último, o IFSulriograndense, campus Charqueadas, com o trabalho Smartleg – Prótese transfemoral inteligente II.
A Intel ISEF se realiza anualmente, desde 1950, e mais de 50 nações apresentam trabalhos durante o evento. No Brasil, a Febrace é a responsável pela seleção dos projetos da delegação que representa o país no evento. Apenas alunos de até 19 anos podem concorrer à viagem.
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Assessoria de Comunicação Social do MEC
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