Estudantes da Paraíba vão disputar premiação mundial
A criação de uma chupeta tecnológica vai levar três estudantes de engenharia elétrica do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) para a Imagine Cup, competição mundial realizada nos Estados Unidos pela Microsoft, com o objetivo de transformar trabalhos acadêmicos em startups. Com o projeto chamado Bubu Digital, que controla a temperatura das crianças para alertar sobre possíveis doenças, os jovens partem para Seattle na última semana de julho, quando vão disputar a premiação de US$ 100 mil.
Graças ao projeto, os estudantes saíram vencedores da HackBrazil, que faz parte da Brazil Conference at Harvard & MIT, realizada em abril, nos Estados Unidos. Foram também uma das duas equipes ganhadoras da Imagine Cup Brasil, o que vai levar o grupo a representar o país na etapa global em Seattle, com o apoio do Instituto InnovAction. Além dos US$ 100 mil, os vencedores receberão a mentoria exclusiva de Satya Nadella, diretor executivo da Microsoft, empresa que custeia a viagem.
A ideia do projeto começou quando Adjamilton Júnior, 35, estava em um intercâmbio nos Estados Unidos no ano passado e quis criar um produto capaz de auxiliar a reduzir a mortalidade infantil. Juntou-se aos colegas Rychard Guedes, de 23 anos, e Júlio Coelho, de 19 anos, e resolveram acoplar sensores de temperatura em uma chupeta, para constante monitoramento. Diante de qualquer alteração, os pais são informados por meio de um aplicativo de celular. As informações geradas pelo dispositivo são armazenadas em um banco de dados na internet e, de acordo com a relevância, podem estar disponíveis para embasar pesquisas ou tomadas de decisões de governos.
“A diferença é que não é só algo que vai acalmar a criança por alguns minutos; a gente consegue monitorar como está a saúde da criança e os pais podem ficar mais despreocupados”, explica Rychard Guedes. Os estudantes já planejam formas de levar o produto ao mercado, com a intenção de equiparar o preço a uma chupeta e um termômetro comuns.
Os jovens contam que consultaram dentistas, médicos, engenheiros, além de estudantes de medicina de Harvard, e receberam bons retornos sobre a ideia. Os três colegas sonham alto e acreditam que poderão expandir o projeto para todo o mundo, especialmente, se conseguirem o primeiro lugar na Imagine Cup. “O plano inicial é investir boa parte do prêmio na Bubu Digital, para que o produto entre no mercado da forma mais competitiva possível”, planeja Rychard.
Assessoria de Comunicação Social do MEC
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