MEC incentiva aleitamento materno em instituições da rede federal
Recém-formada no curso técnico em serviço público pelo Instituto Federal de Roraima (IFRR) e estagiária na mesma instituição, Cassia de Araújo Conceição, 32 anos, é mãe do pequeno Gustavo, de sete meses. Ela conta que nunca sofreu preconceito ou se sentiu intimidada ao amamentar seu bebê, especialmente, durante as aulas.
Entre os dias 1º e 7 de agosto se comemora a Semana Mundial de Aleitamento Materno. No Brasil, um mês inteiro é dedicado à causa, o chamado Agosto Dourado. O Ministério da Educação, em portaria publicada em maio, garante a todas as mães lactantes o direito de amamentar em todas as instituições federais de educação.
“Eu acho importante a amamentação. Nunca passei por nenhuma situação de constrangimento, até agora; amamento tranquila em qualquer lugar”, afirma Cassia. Ela conta que, quando o bebê mamava exclusivamente no peito, tinha que levá-lo para o IFRR em dia de prova e que sempre se sentiu à vontade para amamentar a criança na instituição. Além de Gustavo, Cássia tem mais dois filhos, de 19 e 10 anos.
Portaria – A portaria assinada pelo ministro Mendonça Filho em maio determina que mães lactantes têm o direito à amamentação em todas as instituições do sistema federal de ensino, independentemente da existência de locais, equipamentos ou instalações reservadas para esse fim. “Uma criança bem alimentada com o aleitamento materno terá outra perspectiva, tanto de saúde como do ponto de vista do desenvolvimento emocional e cognitivo”, afirmou o ministro à época da assinatura da portaria.
Segundo a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ivana de Siqueira, a portaria atende uma demanda antiga por parte de alunos, professores e outros profissionais de educação, de escolas de educação básica, universidades e autarquias federais vinculadas ao MEC.
“É o reconhecimento de algo já assegurado tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente quanto em orientações da Organização Mundial de Saúde”, aponta Ivana. “Estamos sinalizando para esse direito da mulher de amamentar livremente. O uso de uma sala deve ser uma decisão unicamente dela [a mãe], voluntária, e não uma questão compulsória.”
Assessoria de Comunicação Social
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