Rede federal capacita professores moçambicanos na área agrícola
Uma parceria entre Brasil e Moçambique resultou em capacitação na área agrícola de 30 professores moçambicanos, que vão atuar em seu país replicando os conhecimentos adquiridos nas instituições de ensino da rede federal de educação profissional e tecnológica brasileira. A cerimônia de encerramento ocorreu nesta quinta-feira, 14, na sede do Ministério da Educação em Brasília, e teve a participação de representantes do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do governo de Moçambique.
Durante a cerimônia, o diretor de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Valdecir Carlos Tadei, lembrou que o Brasil faz esse tipo de intercâmbio com diversos países e considera o projeto positivo. “Essa ação de multiplicação de conhecimento tem valor imensurável para nós, porque também enviamos nossos professores para treinamento em outros países, para multiplicar o que foi aprendido”, explicou.
Chamada de Bramotec – Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica de Moçambique, a ação é pioneira entre os países. É coordenada no Brasil pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC e em Moçambique pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional. O objetivo é a melhoria da qualidade da educação profissional e tecnológica em Moçambique nas áreas da agricultura, gestão escolar, construção civil, turismo e hospitalidade.
Na opinião do vice-presidente do Conif, Roberto Gil Almeida, a parceria entre os países fortalece a internacionalização da rede federal. “É um grande passo dado, o da internacionalização das ações que realizamos no nosso país: atender países com necessidade de formação de mão-de-obra, de qualificação do trabalho no campo e de formação de pessoas que possam gerir riquezas por meio da agropecuária”, destacou.
A turma recém-formada chegou ao Brasil com a missão de ampliar as competências técnicas do quadro de formadores das instituições de educação profissional e tecnológica moçambicanas na área da agricultura. Durante quatro meses, esses professores foram acompanhados por formadores brasileiros e visitaram os institutos federais e os centros federais de educação tecnológica de todas as regiões do Brasil, para aprender sobre técnicas de agro-processamento, extensão agrária, irrigação, mecanização agrícola, sanidade animal, sanidade vegetal, sistemas de produção e solos.
O secretário permanente do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional de Moçambique, Celso Aldenis Laice, ressaltou que os professores formados no Brasil vão cooperar com os projetos já existentes no país. “A agricultura faz parte da nossa Constituição da República, é uma base de desenvolvimento. Com estes [professores] formados, vamos iniciar ou alavancar aquilo que já iniciamos na agricultura de Moçambique”, frisou.
Nos próximos seis meses, professores orientadores brasileiros vão acompanhar, a distância, os educadores formados no Brasil. Cada um será responsável pela criação de um projeto que possa ser aplicado em cada localidade do país africano, com o intuito de desenvolver a agricultura local.
Assessoria de Comunicação Social
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