Estudantes procuram aperfeiçoar comunicação médico-paciente
Nove projetos que buscam aperfeiçoar o processo de comunicação entre médico e paciente: este foi o resultado da 2ª Oficina de Inovação em Saúde – MedHacker, encerrada na tarde da quinta-feira, 22, dentro da programação do estande do Ministério da Educação na 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Realizada em parceria entre a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Departamento de Bioengenharia Ocular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a oficina reuniu estudantes e professores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia.
Durante 77 horas, os estudantes, divididos em quatro equipes, dialogaram sobre as dificuldades de comunicação que médicos e pacientes encontram no dia a dia. Orientados por médicos, e de forma colaborativa, eles usaram a criatividade e a inovação para desenvolver protótipos de aplicativos e hardwares. Os projeto foram apresentados pelas equipes a uma banca de avaliadores.
Um dos projetos apresentados é o Prontumed. A proposta trata de um prontuário médico on-line que é acessado via biometria. No aplicativo estaria disponível todo o histórico clínico do paciente, como exames, históricos de internações, prescrições médicas, etc.
"Sempre estimulamos para que eles avancem no processo de construção e aprimoramento de suas ideias. Costumo dizer que uma boa ideia isolada não é muita coisa, ela representa apenas 1% do processo, ou seja, 99% é transpiração. É isso que esperamos deles, que eles cresçam com a experiência e que possam ser multiplicadores em suas instituições de ensino, trabalho e em seu convívio social", explica o médico Paulo Schor, professor da Unifesp e um dos coordenadores da ação.
Para Anna Giselle Câmara, que também participou da coordenação da oficina, a evolução dos alunos ao desenvolver competências é um legado significativo. "Dá para ver nos alunos a maturidade e a diferença do primeiro dia para cá. A oficina mostrou que eles são capazes de criar e reinventar uma ideia, com criatividade, flexibilidade e com foco na solução. Isso é recompensador."
Um dos participantes foi o jovem Brendo Ferreira. Aluno do campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB), ele afirma que ao ingressar na oficina estava receoso por não saber quase nada de inovação. "A experiência foi inédita na minha vida. Foi um mix de emoções. Aprendemos a trabalhar em equipe e compartilhamos muitas ideias, sempre com foco na resolução de um problema real, da comunicação entre médico e paciente. Hoje, posso ver que a inovação é um caminho importante dentro das instituições de ensino e pesquisa".
MedHacker – Iniciado em 2013, trata-se deiniciativa do departamento de Bioengenharia Ocular da Unifesp. O objetivo é construir uma agenda de oficinas práticas com estudantes, para a promoção da pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à saúde.
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