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Estudantes aprendem jogo para apoiar colega com deficiência

Publicado: Quinta, 24 de Novembro de 2016, 10h33 | Última atualização em Quinta, 24 de Novembro de 2016, 10h33 | Acessos: 566

O estudante Phelipe Mesquita Mota, do primeiro ano do curso de ensino médio integrado em informática do campus de Paraíso do Tocantins do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Tocantins (IFTO), nunca havia participado efetivamente de uma aula de educação física. Deficiente visual, ele mal conhecia os esportes alternativos para deficientes. Seus colegas, no entanto, pensaram diferente e se mobilizaram para aprender a jogar com ele.

A atividade é coordenada pelo professor de educação física Avelino Pereira Neto. Ele explicou que a ideia surgiu porque a turma tem um aluno com baixa visão que não conseguia participar das atividades da disciplina com os colegas. “O objetivo é fazer com que eles trabalharem em equipe e percebam seus limites”, explicou.

A primeira aula prática de golbol ocorreu no ginásio de esportes do campus, no último dia 11, mas antes disso os alunos fizeram uma pesquisa interdisciplinar sobre o tema. “Eles já fizeram apresentações sobre a parte histórica da modalidade, discutiram em sala a importância social desse esporte, também pesquisaram e aprenderam as regras”, diz Neto. Além disso, o professor contou que os próprios alunos providenciaram o material usado na prática do golbol — traves, redes e bolas adaptadas, com guizos, para permitir aos atletas identificar a direção.

Com a aula, os estudantes puderam se colocar no lugar de pessoas que vivem com a deficiência. Isso porque, durante a partida, todos os jogadores foram vendados e passaram a depender da orientação dos colegas e do barulho feito pelos guizos. “No início, eu achei bem estranho, mas depois que a gente aprende, vê que é legal também”, garantiu o estudante Paulo Horing. A aluna Sarah Oliveira gostou de aprender mais sobre o esporte. “Todo mundo tem que ter a oportunidade de participar das aulas de educação física e essa ideia ajudou a integrar mais a turma”, elogiou.

Mas, com certeza, o mais empolgado com a aula foi Phelipe. O jovem, que tem deficiência visual, está matriculado no campus desde o início de 2016 e também não conhecia a modalidade. “Eu nem sabia que era possível participar tão ativamente de uma aula de educação física” disse. “Geralmente eu vinha, mas só ficava sentado, esperando acabar. Hoje, eu me senti alguém comum mesmo.”

O golbol foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos cada um, com três minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra há um gol com 9 metros de largura e 1,30m de altura. O objetivo é balançar a rede adversária.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do IFTO

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