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Aluna do IFRS desenvolve filme plástico biodegradável a partir do maracujá

Publicado: Sexta, 07 de Dezembro de 2018, 14h29 | Última atualização em Segunda, 14 de Janeiro de 2019, 14h30 | Acessos: 2415


Assim que ingressou no ensino médio, a estudante gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, de Osório (RS), passou a se dedicar a todas as matérias relacionadas a ciências, sua maior paixão. Atualmente com 18 anos, a aluna do último ano do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) ganhou destaque com um trabalho direcionado à agricultura, a principal atividade de sua família. A partir da casca do maracujá, ela desenvolveu um material reciclável para substituir embalagens de mudas de plantas. Juliana é a personagem da edição desta sexta, 7, de Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

Desde criança familiarizada com a rotina da agroindústria em sua região, a estudante sempre se preocupou com sustentabilidade. Ao longo do tempo, observou que os saquinhos plásticos que envolvem as mudas de plantas, ao serem descartados, causam estragos à natureza.  “Eles vão se acumulando no meio ambiente, indo para aterros sanitários, sem uma destinação correta; contribuem para poluição e contaminação do solo, da água e do lençol freático, ou são incinerados, levando à emissão de gases de efeito estufa”, aponta.

Diante desse quadro, Juliana procurou orientação dos professores e descobriu que a solução estava bem perto: o maracujá, de cultivo abundante na região em que vive. Passou a pesquisar a pectina, uma proteína gelatinosa presente na casca do maracujá e de outras frutas, como a maçã – da qual se pode fazer geleia. “Lendo sobre plásticos biodegradáveis, descobri que eles precisam ter esse tipo de polissacarídeo [outra substância presente na casca do maracujá], seja um amido ou um outro tipo de farinha um açúcar ou até a pectina.”

Utilizando a casca da fruta, ela desenvolveu um filme plástico que, além de não agredir o meio ambiente, não danifica a raiz das mudas, diferentemente do que ocorre com o plástico convencional. Biodegradável, o novo produto se decompõe em 20 dias, não precisando ser retirado no momento do plantio, e reduz a poluição causada pelos sacos tradicionais.

Premiação – Mesmo ainda em caráter experimental, a pesquisa de Juliana já ganhou destaque no Prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela conquistou o primeiro lugar na categoria ensino médio, o que a motiva a seguir com os estudos e a apostar na produção do filme plástico em larga escala no futuro. Sua meta é fazer o curso de engenharia química.

 “Os alunos do ensino médio deveriam ser cada vez mais incentivados, porque a minha vida mudou tanto depois de fazer pesquisa e hoje eu tenho certeza de que a educação e a ciência são as coisas que mais transformam o mundo”, resume. “A gente tem que cada vez mais oportunizar que outros jovens tenham esse tipo de vivência”.

Assessoria de Comunicação Social

 

 
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